RESUMO DA ENCÍCLICA PASCENDI DOMINICI GREGIS
SOBRE AS DOUTRINAS MODERNISTAS
INTRODUÇÃO
Nestes últimos tempos cresceu o número dos inimigos da Cruz de Cristo, os quais, com artifícios astuciosos, se esforçam por inutilizar a virtude vivificante da Igreja e abalar pelos alicerces o mesmo reino de Jesus Cristo. Os defensores do erro já não devem ser procurados entre inimigos declarados; mas, se ocultam no próprio seio da Igreja, tornando-se desta maneira tanto mais nocivos quanto menos percebidos.
Referimos a muitos membros leigos e também, coisa ainda mais para lamentar, a não poucos do clero que, fingindo amor à Igreja e sem nenhum sólido conhecimento de filosofia e teologia, mas, embebidos antes das teorias envenenadas dos inimigos da Igreja, se atiram sobre tudo o que há de mais santo na obra de Cristo, sem poupar sequer a mesma pessoa do divino Redentor que, com audácia sacrílega, rebaixam à medida de um puro e simples homem. E nenhuma verdade há que não tentem contaminar.
E visto que os modernistas (tal é o nome com que vulgarmente e com razão são chamados) com astuciosíssimo engano costumam apresentar suas doutrinas não coordenadas e juntas como um todo, mas dispersas e como separadas umas das outras, a fim de serem tidos por duvidosos e incertos, ao passo que de fato estão firmes e constantes.
1ª PARTE
EXPOSIÇÃO DO SISTEMA E SUA DIVISÃO
O modernista filósofo
Começando pelo filósofo, cumpre saber que todo o fundamento da filosofia religiosa dos modernistas assenta sobre a doutrina, que chamamos agnosticismo. Por força desta doutrina, a razão humana fica inteiramente reduzida à consideração dos fenômenos, isto é, só das coisas perceptíveis e pelo modo como são perceptíveis; nem tem ela direito nem aptidão para transpor estes limites. E daí segue que não é dado à razão elevar-se a Deus, nem conceder-lhe a existência, nem mesmo por intermédio dos seres visíveis. Segue-se, portanto, que Deus não pode ser de maneira alguma objeto direto da ciência; e também com relação à história, não pode servir de assunto histórico. Nem os abala ter a Igreja condenado a erros tão monstruosos.
Esclareçamos o fato com um exemplo tirado da pessoa de Jesus Cristo. Na pessoa de Cristo, dizem, a ciência e a história não acham mais do que um homem. Portanto, da história dessa pessoa se deve riscar tudo o que sabe de divino.
Dizem que a origem de toda a religião, até mesmo da sobrenatural, não passam de meras explicações do sentimento religioso. Nem se pense que a católica é excetuada; está no mesmo nível das outras, pois não nasceu senão pelo processo de imanência vital na consciência de Cristo.
Fica-se pasmo ao ouvir afirmações tão audaciosas e sacrílegas! Entretanto, não é esta linguagem usada perigosamente só pelos incrédulos. Homens católicos, até muitos sacerdotes, afirmaram estas coisas publicamente, e com delírios tais se vangloriam de reformar a Igreja. Chega-se até a afirmar que a nossa santíssima religião, no homem Jesus Cristo assim como em nós, é fruto inteiramente espontâneo da natureza.
Com o maior atrevimento criticam a Igreja acusando-a de caminhar fora da estrada, e de não saber distinguir entre o sentido material das fórmulas dogmáticas e sua significação religiosa e moral. Cegos, na verdade, a conduzir outros cegos, são esses homens que inchados de orgulhosa ciência, deliram a ponto de perverter o conceito de verdade e o genuíno conceito religioso, divulgando um novo sistema, com o qual, arrastados por mania de novidades, não procuram a verdade onde certamente se acha; e, desprezando as santas e apostólicas tradições, apegam-se a doutrinas ocas, fúteis, incertas, reprovadas pela Igreja, com as quais homens que não tem bom senso julgam fortalecer e sustentar a verdade.
Assim, pensa o modernista como filósofo.
O modernista crente
A ordem que os modernistas estabelecem entre a fé e a ciência, notando-se que neste nome de ciência incluem também a história, é que o objeto de uma é diferente e separado do objeto de outra. Para eles, a fé unicamente se ocupa de uma coisa, que a ciência declara não conseguir conhecer.
Dizem, pois, que é diversa a tarefa de cada uma; a ciência acha-se toda na realidade dos fenômenos, onde a fé de maneira nenhuma atinge; a fé, pelo contrário, ocupa-se da realidade divina, que é desconhecido à ciência. Conclui-se, portanto, que nunca poderá haver conflito entre a fé e a ciência; porque, se cada uma se restringir a seu campo, nunca poderão encontrar-se, nem portanto contradizer-se. Se, entretanto, alguém disser que no mundo visível há coisas que também pertencem à fé, como a vida humana de Cristo, responderão os modernistas negando. Se ainda se quisesse saber se Cristo fez verdadeiros milagres e profecias, se verdadeiramente ressuscitou e subiu ao céu, a ciência agnóstica o negará.
Os modernistas, nos seus escritos e discursos parecem sustentar ora uma ora outra doutrina, de modo a facilmente parecerem vagos e incertos. Fazem-no, porém, de caso pensado; isto é, baseados na opinião que sustentam, da mútua separação entre a fé e a ciência. É por isto que nos seus livros muitas coisas se encontram conforme aceitam os católicos; mas, ao virar a página, outras parecem ditadas por um racionalista.
Escrevendo, pois, história, nenhuma menção fazem da divindade de Cristo; ao passo que, pregando nas igrejas, com firmeza a professam. Da mesma sorte, na história não fazem o menor caso dos Padres nem dos Concílios; nas instruções catequéticas, porém, citam-nos com respeito. Ostentam certo desprezo das doutrinas católicas, dos Santos Padres, dos concílios ecumênicos, dos magistérios eclesiásticos; e se forem por isto repreendidos, queixam-se de que foi tirada a sua liberdade. Finalmente, professando que a fé há de sujeitar-se à ciência, continuamente criticam a Igreja, porque se recusa a acomodar os seus dogmas às opiniões da filosofia, e eles, por sua vez, ignorada a velha teologia, empenham-se por divulgar uma nova, toda amoldada a loucura dos filósofos.
O modernista teólogo
É precisamente isto que os modernistas ensinam dos nossos livros do Antigo e Novo Testamento: bem se pode defini-los como uma coleção de experiências, não das que qualquer pessoa adquire, mas das extraordinárias e das mais elevadas que se têm dado em qualquer religião.
Os modernistas pressupõem que a Igreja é fruto de uma dupla necessidade, uma no crente, principalmente naquele que, tendo tido alguma experiência original e singular, precisa comunicar a outro a própria fé; outra na coletividade, depois que a fé se tornou comum a muitos, para se reunir em sociedade, e conservar, dilatar e propagar o bem comum. Para eles a Igreja é um parto da consciência coletiva, isto é, da coletividade das consciências individuais que, por virtude da permanência vital, estão todas pendentes do primeiro crente, que para os católicos foi Cristo.
Para concluir, resta-nos por fim ouvir as teorias dos modernistas acerca do desenvolvimento dos mesmos. Têm eles por princípio geral que numa religião viva, tudo deve ser mutável e mudar-se de fato. Por aqui abrem caminho para uma das suas principais doutrinas, que é a evolução. O dogma, pois, a Igreja, o culto, os livros sagrados e até mesmo a fé, se não forem coisas mortas, devem sujeitar-se às leis da evolução.
Para eles, o principal estímulo de evolução para o culto, é a necessidade de se adaptar aos costumes e tradições dos povos e bem assim de gozar da eficácia de certos atos, já admitidos pelo uso.
Segundo o modo de agir e de pensar dos modernistas, nada se pode dizer estável ou imutável na Igreja.
O modernista historiador e crítico
Segundo o agnosticismo, a história, bem como a ciência, só trata de fenômenos. Por conseguinte, tanto Deus como qualquer intervenção divina nas causas humanas deve ser afastado para a fé, como de sua exclusiva competência. Se tratar, pois, de uma causa em que intervier duplo elemento, isto é, o divino e o humano, como Cristo, a Igreja, os Sacramentos e coisas semelhantes, devem separar-se e discriminar-se tais elementos, de tal modo que o que é humano passe para a história, o que é divino para a fé. É este o motivo da distinção que querem fazer os modernistas entre um Cristo da história e um Cristo da fé, e uma Igreja da história e uma Igreja da fé, entre Sacramentos da história e Sacramentos da fé, e assim por diante.
Para concluirmos e partindo de certos princípios que admitem, embora afirmem que os ignoram, na história real afirmam que Cristo nem foi Deus, nem fez coisa alguma de divino; e como homem, ele fez e disse apenas aquilo que eles acham que podia ter feito e dito.
O crítico, seguindo a pista do historiador, divide todos os documentos em duas partes. Depois de fazer o tríplice corte acima referido, passa o restante para a história real, e entrega a outra parte à história da fé. Os modernistas põem grande empenho em distinguir estas duas histórias; e contrapõem à história da fé a história real, enquanto real. Daí resulta, como já vimos, um duplo Cristo; um real, e outro que, de fato, nunca existiu, mas pertence à fé; um que viveu em determinado lugar e tempo, outro que se encontra nas piedosas meditações da fé; tal, por exemplo, é o Cristo descrito no Evangelho de São João, o qual Evangelho, dizem-no os modernistas, do princípio ao fim é mera meditação.
Segundo os modernistas, dessa desagregação e da disseminação dos documentos pelo decurso do tempo, segue-se naturalmente que os livros sagrados não podem absolutamente ser atribuídos aos autores de quem trazem o nome. E esta é a razão porque os modernistas não hesitam em afirmar que esses livros, especialmente o Pentateuco e os três primeiros Evangelhos, de uma breve narração primitiva, foram pouco a pouco se avolumando por acréscimos e interpolações.
Noutros termos mais breves e mais claros, querem que se deva admitir a evolução vital dos livros sacros, nascida da evolução da fé e correspondente à mesma. Acrescentam ainda que os sinais de tal evolução aparecem tão manifestos, que se poderia escrever a história dos mesmos. E chegam mesmo a escrever essa história, e com tanta convicção que parecem eles mesmos ter visto com seus próprios olhos cada um dos escritores, que nos diversos séculos estenderam a mão sobre a Escritura para ampliá-la. Para confirmá-lo, recorrem à crítica que chamam textual, e se esforçam em convencer que este ou aquele fato, estes ou aqueles dizeres não se acham no seu lugar, e aduzem ainda outras razões deste mesmo quilate.
Parece-nos, pois, já estar bem declarado o método histórico dos modernistas. O filósofo abre o caminho; segue-o o historiador; logo após, por seu turno, a crítica interna e textual. E como é próprio da primeira causa comunicar sua virtude às segundas, claro está que tal crítica não é uma qualquer crítica, mas por direito deve chamar-se agnóstica, imanentista, evolucionista; e por isso quem a professa ou dela se utiliza, professa os erros que se contém nela e se põe em oposição com a doutrina católica. Por esta razão é muito de admirar que tal gênero de crítica possa hoje ter tão grande aceitação entre católicos.
O modernista apologeta
Entre os modernistas também este depende duplamente do filósofo. Primeiro indiretamente, tomando para matéria a história escrita sob a direção do filósofo; depois diretamente, aceitando do filósofo os princípios e os juízos. Vem daqui o preceito comum da escola modernista, que a nova apologética deve desfazer as controvérsias religiosas por meio de indagações históricas e psicológicas.
Mas esses apologetas, ao passo que com argumentos procuram afirmar e convencer a religião católica, também por outra parte concedem que ela contém muitas coisas que desagradam. E também publicamente divulgam que em matéria dogmática encontram erros e contradições. Assim também nas Sagradas Escrituras, afirmam-no, ocorrem muitos erros em matéria científica e histórica. Mas aqueles livros, acrescentam, não tratam de ciência ou história, e sim de religião e de moral. Sustentam que o próprio Jesus Cristo errou manifestamente, indicando o tempo da vinda do reino de Deus.
Eis aqui, sumariamente descrito o método apologético dos modernistas; e tanto o método como as doutrinas estão cheios de erros, capazes só de destruir e não de edificar, não de formar católicos, mas de arrastar os católicos à heresia, mais ainda, à completa destruição de toda religião.
Crítica geral de todo o sistema
Quando se fala de modernismo, não se trata de doutrinas vagas e desconexas, mas de um corpo uno e compacto de doutrinas em que, admitida uma, todas as demais também o deverão ser.
Certo é que se alguém se propusesse juntar, por assim dizer, o destilado de todos os erros, que a respeito da fé têm sido até hoje levantados, nunca poderia chegar a resultado mais completo do que alcançaram os modernistas.
Muitos são os caminhos pelos quais a doutrina modernista vai acabar na falta de crença em Deus e na destruição de toda religião. Neste caminho os protestantes deram o primeiro passo; os modernistas o segundo; pouco falta para a completa falta de crença em Deus.
AS CAUSAS DO MODERNISMO
Para se chegar ao modernismo não há caminho mais direto do que o orgulho. Se algum leigo ou também algum sacerdote católico esquecer o preceito da vida cristã, que nos manda negarmos a nós mesmos para podermos seguir a Cristo, e se não afastar de seu coração o orgulho, ninguém mais do ele se acha naturalmente disposto a abraçar o modernismo!
Todos os modernistas que pretendem ser ou parecer doutores na Igreja, exaltando em voz clamorosa a moderna filosofia e desprezando a Escolástica, abraçaram a primeira, iludidos pelo seu falso brilho, porque, ao ignorarem completamente a segunda, não tiveram os meios convenientes para reconhecerem a confusão das ideias e refutar as enganações. É, pois, da aliança da falsa filosofia com a fé que surgiu o seu sistema, formado de tantos e tamanhos erros.
Dentre os obstáculos, três principalmente se opõem aos seus esforços: o método escolástico de raciocinar, a autoridade dos Padres com a Tradição, o Magistério eclesiástico. Tudo isto é para eles objeto de uma luta encarniçada. Por isso, continuamente zombam e desprezam a filosofia e a teologia escolástica (pensamento teológico filosófico de orientação cristã, da Idade Média, que se caracterizava pela busca da conciliação entre fé e razão). Quer o façam por ignorância, quer por temor, o certo é que a mania da novidade neles se acha aliada com ódio à escolástica; e não há sinal mais manifesto de que começa alguém a revirar-se para o modernismo do que começar a aborrecer a escolástica. E quanto mais alguém mostra ousadia em destruir as coisas antigas, em rejeitar as tradições e o magistério eclesiástico, tanto mais elevam a sua sabedoria.
Com isto já chegamos aos artifícios com que os modernistas passam as suas relações. Procuram conseguir cátedras nos seminários e nas Universidades, para tornarem-se cadeiras de moléstia contagiosa. Inculcam as suas doutrinas, talvez disfarçadamente, pregando nas igrejas; expõem-nas mais claramente nos congressos; introduzem e exaltam-nas nos institutos sociais sob o próprio nome ou sob o de outrem; publicam livros, jornais e periódicos.
Os vemos entre os leigos; os vemos entre os sacerdotes; e, quem o diria? Os vemos até no seio das famílias religiosas. Tratam a Escritura à maneira dos modernistas. Escrevendo sobre a história tudo o que pode desencantar a Igreja, divulgam cuidadosamente e com disfarçado prazer. Guiados por um certo raciocínio, procuram sempre desfazer as piedosas tradições populares. Mostram não fazer caso das sagradas relíquias, respeitáveis pela sua antiguidade. Enfim, vivem preocupados em fazer o mundo falar de suas pessoas; e sabem que isto não será possível, se disserem as mesmas coisas que sempre se disseram.
Podem estar eles na certeza de fazerem coisa agradável a Deus e à Igreja; na realidade, porém, ofendem gravemente a Deus e à Igreja.
REMÉDIOS
No que se refere aos estudos, queremos em primeiro lugar e mandamos terminantemente, que a filosofia escolástica seja tomada por base dos estudos sacros.
O que importa saber, antes de tudo, é que a filosofia escolástica, que mandamos adotar, é principalmente a de Santo Tomás de Aquino. Se isto tiver sido descuidado nos seminários, insistam e exijam os Bispos que para o futuro se observe. Que a mesma ordem seja dada aos Superiores das Ordens religiosas. E todos aqueles que ensinam fiquem cientes de que não será sem graves prejuízos que especialmente em matérias metafísicas, se afastarão de Santo Tomás.
Fundamentada assim a filosofia, sobre ela se erga com o maior cuidado o edifício teológico. Irmãos, promovei com toda a solicitude o estudo da teologia, de tal sorte que ao saírem dos seminários os clérigos lhe tenham alta consideração e profundo amor, e sempre o conservem carinhosamente.
Convém prestar muita atenção toda vez que se tratar da escolha dos diretores e professores tanto dos seminários quanto das Universidades católicas. Todo aquele que tiver tendências modernistas, seja ele quem for, deve ser afastado quer dos cargos quer do magistério; e se já tiver de posse, cumpre ser removido.
Faça-se o mesmo com aqueles que, às ocultas ou às claras, favorecerem o modernismo, louvando os modernistas, ou atenuando-lhes a culpa, ou criticando a escolástica, os Santos Padres, o magistério eclesiástico, ou negando obediência a quem quer que se ache em exercício do poder eclesiástico; bem assim como aqueles que se mostrarem amigos da novidade em matéria histórica, arqueológica e bíblica; e finalmente com aqueles que se descuidarem dos estudos sacros ou parecerem dar preferência aos profanos.
Compete aos Bispos providenciar para que os livros dos modernistas já publicados não sejam lidos,
e as novas publicações sejam proibidas. Qualquer livro, jornal ou periódico desse gênero não poderá ser permitido aos alunos dos seminários ou das Universidades católicas.
No entanto, não basta impedir a leitura ou a venda de livros maus; cumpre impedir-lhes a impressão. Usem pois, os Bispos a maior severidade em conceder licença para impressão.
CONCLUSÃO
Julgamos oportuno escrever-vos estas coisas, Irmãos, a bem da salvação de todos os fiéis. Por certo os inimigos da Igreja hão de valer-se disso, para de novo repisarem a velha acusação, com que procuram fazer-nos passar por inimigos da ciência e dos progressos da civilização. Queira Deus repetir os nossos desígnios, e auxiliarem-nos todos quantos têm verdadeiro amor à Igreja de Jesus Cristo. Entretanto, Irmãos, para vós, em cuja obra e zelo tanto confiamos, pedimos de coração a plenitude das luzes celestiais, a fim de que, nesta época de tão grande perigo para as almas, devido aos erros que de toda parte se infiltram, demonstreis o que deveis fazer e o executeis com todo o ardor e fortaleza. Que vos assista com seu poder Jesus Cristo, autor e consumador da fé; que vos assista com o seu socorro a Virgem Imaculada, destruidora de todas as heresias.